Trabalho em equipa, uma necessidade a bordo do Melga.

           

            Um dia que começou com bastantes variações na direcção do vento tendo o primeiro grupo destas novas mas bravas velejadoras sido pouco beneficiado no que refere a vento, pois este teimava em soprar com fraca intensidade e bastante instável.

            O vento finalmente estabilizou no quadrante Sudoeste por volta das 11:00. A sua intensidade permitiu-nos a partir daí sentir o potencial do Melga nas mareações de bolina e popa, misturando os dois tipos de navegação, quer no mar quer no anteporto. Mais uma vez, ás novas velejadoras tiveram a oportunidade de sentir os diferentes tipos de dificuldade que ambos apresentam.

            As tardias mas boas condições que este dia nos reservou, acabaram por permitir que os dois últimos grupos pudessem pôr em prática alguns conhecimentos teóricos adquiridos, de regras de navegação.

            No dia de hoje aprendemos algumas lições sobre o trato inter-relacional dentro dos diversos grupos – respeito mutuo – que futuramente servirá para que estas velejadoras saibam que todo o trabalho a bordo é feito pela equipa e para a equipa, fomentando um espírito de união entre o grupo

            A cada semana que passa, vão-se descobrindo novas virtudes neste grupo que revelam caracteres bastante diferentes e que nos fazem acreditar que tudo têm para que num futuro próximo, se revelem excelentes velejadoras, capazes de navegar a bordo de qualquer embarcação.

4º Dia de navegação revela conhecimentos e autonomia das jovens velejadoras

As óptimas condições de vento e mar permitiram que no 4º dia de formação as jovens velejadoras que integram na Vela Solidária, pudessem revelar as habilidades e conhecimentos adquiridos desde o início deste projecto.

O vento Sueste que apareceu por volta das 9:45 e cuja intensidade foi aumentado até à hora da preia-mar, exigiu concentração e empenho destas velejadoras. Apesar da pouca experiência e de um certo deslumbre que todas elas ainda demonstram, sempre que navegam, revelaram ser capazes de afinar as velas e navegar com o Melga nas mareações de bolina e popa.

As excelentes condições para a prática da vela levaram-nos a velejar para o mar, permitindo-nos treinar as viragens de bordo sem estarmos preocupados com o espaço ou a necessidade de voltarmos a virar de bordo num curto espaço de tempo, situação que ocorre quando navegamos no anteporto.

O dia de hoje elevou-nos as expectativas relativamente aos objectivos a atingir, bem como ao nível de conhecimentos e habilidades que estas velejadoras terão adquirido em Dezembro próximo, quando finalizar este projecto.

Marinharia e Regras de Navegação preenchem um dia de previsões meteorológicas desfavoráveis.

Dadas as péssimas previsões meteorológicas e a forte chuva matinal, optamos por realizar uma aula teórica com 17 das raparigas integradas na Vela Solidária. Foi uma aula onde se treinaram os nós, nomeadamente o “Lais de Guia”, o “Nó de Oito” e a “Volta de Fiel”.
Passamos de seguida a especificar a nomenclatura de uma embarcação à vela e aproveitamos ainda para conhecer as regras básicas de navegação, para que o Melga (embarcação utilizada neste projecto) navegue de forma segura, respeitando a sinalização e as restantes embarcações.
Foi uma aula divertida e em que cada jovem “marinheira” tentou mostrar o que aprendera.
Esperamos que no próximo fim-de-semana possamos navegar e colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos.

Mais fortes que o vento e a chuva.

Apesar das duras condições meteorológicas, a Vela Solidária içou as velas e navegou debaixo de alguma chuva e de vento com intensidade média a forte. Estas condições associadas à pouca experiência das nossas velejadoras levou-nos dedicar parte da aula aos conhecimentos de marinharia e outra parte a aprender a rizar as velas e a navegar tendo a preocupação de manter a embarcação à vela sempre equilibrada.
Acabou por se revelar um dia “duro” mas divertido de vela, durante o qual estas jovens velejadores se aperceberam que a prática da vela nem sempre permite “apanhar banhos de sol”.
Dentro de uma semana voltaremos a velejar e esperamos que até lá as condições meteorológicas melhorem.